10 de jun. de 2011

UM POR DE SOL


A natureza se transforma lenta!
Fica o ocaso mais rubro! Mais bonito!...
O sol, na sua marcha sonolenta,
Mergulha na janela do infinito!

Tudo é silente! Nem sequer um grito
Se escuta pela tarde pardacenta...
O mundo todo torna-se esquisito
E a noite desce plácida e friorenta!...

O sol com os raios seus já sem fulgores,
No desespero dos seus estertores,
Solta um beijo de luz, tinge o arrebol!...

O poeta fica no delírio imerso!
Contemplando os mistérios do universo
No quadro divinal de um por de sol!

Jansen Filho
In: Obras Completas

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