27 de mar. de 2009

Menotti Del Picchia


Paulo Menotti Del Picchia nasceu em 20/03/1892, São Paulo, SP. Era filho de Luiz del Picchia e Corina del Corso del Picchia. Fez os estudos ginasiais em Campinas (SP) e diplomou-se em Ciências e Letras em Pouso Alegre (MG). Também cursou a Faculdade de Direito de São Paulo. Foi jornalista, político, romancista, contista, cronista e ensaístae advogado e agricultor.

Em Itapira (SP), dirigiu o jornal "Cidade de Itapira" e fundou o jornal político "O Grito" e escreveu os poemas "Moisés" e "Juca Mulato", ambos publicados em 1917. Passou a residir em São Paulo, onde foi redator em diversos jornais, entre os quais "A Gazeta" e o "Correio Paulistano".

Fundou o jornal "A Noite" e dirigiu, com Cassiano Ricardo, os mensários "São Paulo" e "Brasil Novo". Colaborou assiduamente no "Diário da Noite", onde, por muitos anos, manteve uma seção diária sob o pseudônimo de Hélios, seção que ele criara, em 1922, no "Correio Paulistano", através da qual divulgou as notícias do Movimento Modernista.

Com Graça Aranha, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e outros, participou da Semana de Arte Moderna, de 11 a 18 de fevereiro de 1922. Com Cassiano Ricardo, Plínio Salgado e outros, realizou o movimento Verdamarelo; depois, com Cassiano Ricardo e Mota Filho, chefiou o movimento cultural da Bandeira.

Exerceu inúmeros cargos públicos. Foi o primeiro diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado de São Paulo; deputado estadual em duas legislaturas; membro da Constituinte do Estado e deputado federal por São Paulo, em três legislaturas. Presidiu a Associação dos Escritores Brasileiros, seção de São Paulo.

É considerado precursor do Movimento Modernista, embora sua origem estética ainda esteja no Parnasianismo, evidente em sua poesia pela grandiloqüência e floreios verbais. Em 1982 foi proclamado Príncipe dos Poetas Brasileiros, título que pertenceu anteriormente a Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano. Faleceu em 23 de Agosto de 1988, também em São Paulo, SP.

OBRAS:

POESIA:

Poemas do vício e da virtude (1913)
Moisés (1917);
Juca Mulato (1917)
Máscaras (1919)
A angústia de D. João (1922)
Chuva de pedra (1925)
O amor de Dulcinéia (1926)
República dos Estados Unidos do Brasil (1928)
Jesus, tragédia sacra (1958)
Poesias, seleção (1958)
O Deus sem rosto, introdução de Cassiano Ricardo (1968)

ROMANCE:

Flama e argila (1920; após a 4a ed., intitulou-se A tragédia de Zilda)
Laís (1921)
Dente de Ouro (1923)
O crime daquela noite (1924)
A república 3000 (1930; posteriormente intitulado A filha do Inca, 1949)
A tormenta (1932)
O árbitro (1958)
Kalum, o mistério do sertão (1936)
Kummunká (1938)
Salomé (1940)

CONTO, CRÔNICA E NOVELA:

O pão de Moloch (1921)
A mulher que pecou (1922)
O nariz de Cleópatra (1922)
Toda nua (s.d.)
A outra perna do Saci (1926)
O despertar de São Paulo
(Episódios dos séculos XVI e XX na Terra Bandeirante)

LITERATURA INFANTO-JUVENIL:

No país das formigas
Viagens de Pé-de-Moleque e João Peralta
Novas aventuras de Pé-de-Moleque e João Peralta

ENSAIO E MONOGRAFIA:

A crise da democracia
A crise brasileira: soluções nacionais (1935)
A revolução paulista (1932)
Pelo amor do Brasil, discursos parlamentares
O governo Júlio Prestes e o ensino primário
O Curupira e o Carão
O momento literário brasileiro
Sob o signo de Polymnia, discursos
A longa viagem, memórias, 2 vols. (1970-1972)

TEATRO:

Suprema conquista (1921)
Jesus; Máscaras
A fronteira.

OBRAS COMPLETAS:

A Noite, 10 vols.
Obras de Menotti del Picchia, Livraria Martins Editora, 14 vols.
Entardecer, antologia de prosa e verso (1978).

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