Devo à paisagem as poucas alegrias que tive no mundo.
Os homens só me deram tristezas. Ou eu nunca os
entendi, ou eles nunca se entenderam. (...) A terra,
com os seus vestidos e as suas pregas, essa foi sempre
generosa. (...) Vivo a natureza integrado nela, de
tal modo que chego a sentir-me, em certas ocasiões,
pedra, orvalho, flor ou nevoeiro. Nenhum outro
espectáculo me dá semelhante plenitude e cria no
meu espírito um sentido tão acabado do perfeito
e do eterno...
Miguel Torga, in Diário II
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