27 de jun. de 2009
23 de jun. de 2009
Nunca Mais
Quando sobre nós desaba o peso da saudade,
nuvens escuras anunciam a solidão
e a tristeza nos envolve
num manto de desesperança.
É o fim que chega trazendo a dor
e o peso de duas palvras
que insistentemente martelam em nossa mente:
- Nunca Mais
Nunca mais a espera, a expectativa da volta...
nunca mais o aperto de mão cheio de fidelidade,
Nunca mais o gesto carinhoso,
o afago, o incentivo amigo.
Nunca mais o teu sorriso,
as história do teu amor perdido
Nunca mais, outra vez
a dor de te perder!
Regina helena
Para nosso amigo Edil, em 22/06/2009
22 de jun. de 2009
Vem...
Foto de Daniel Paiva: miniaturas da nossa casa
Vem...
vem, me dá tua mão
me aperta junto a ti
esquece por um tempinho só
o impossível...
deixa de olhar pra mim
como se eu pudesse ser o teu passado
para que eu deixe de te olhar
como se pudesses ser o meu futuro...
vem, me toca ao menos uma vez
fecha os teus olhos e me abraça
para que eu possa esquecer
que és tão visível quanto inatingível,
embora ocupemos o mesmo espaço...
vem, fica junto a mim,
que importa o tempo?
sendo bom, parecerá sem fim
e será suficiente para que
as nossas almas fiquem marcadas
pelo nosso amor e, silenciosamente,
sussurremos uma prece...
para que então, em outra eternidade,
embora além, bem além,
nos reconheçamos
e vivamos esse amor
no mesmo tempo e no mesmo espaço.
Regina Helena
Dedicado a minha amiga Glória Dantas, pelo lindo amor que ela viveu.
Um canto de solidão
Tela de Pino
Um canto de solidão
Dentro de mim há um canto de saudade
que teima em invadir meu coração.
Ainda que o mundo inteiro
esteja ao meu redor, ele está comigo.
Tento fingir que não o ouço
e o calar me assusta,
pois o que me sustentará se a saudade se for?
Insensato coração
que aceita a loucura dessa dor!
Sinto um grito que não ouço
quando meu corpo me pede paz
e ouço o canto do silêncio
que fala mais alto e teima em estar comigo
em forma de saudade.
Noites insones, medo, lembranças...
Essa é a angústia desesperada do meu ser:
- O abandono dos que se perdem
para nunca mais se encontrar.
Regina Helena
Um canto de solidão
Dentro de mim há um canto de saudade
que teima em invadir meu coração.
Ainda que o mundo inteiro
esteja ao meu redor, ele está comigo.
Tento fingir que não o ouço
e o calar me assusta,
pois o que me sustentará se a saudade se for?
Insensato coração
que aceita a loucura dessa dor!
Sinto um grito que não ouço
quando meu corpo me pede paz
e ouço o canto do silêncio
que fala mais alto e teima em estar comigo
em forma de saudade.
Noites insones, medo, lembranças...
Essa é a angústia desesperada do meu ser:
- O abandono dos que se perdem
para nunca mais se encontrar.
Regina Helena
Vê
Tela do Pino
Vê,
Olha bem nos meus olhos...
eles refletem alegria,
serenidade, brilho, paz, vida, amor...
Vê,
bem no fundo deles a minh’alma.
O que você deixou, o que ficou:
- O medo, a solidão, a dor...
Vê,
- O enganoso brilho, a alegria falsa,
a paz fingida... a morte em vida.
Isso, só você consegue ver,
pois foi você quem os matou!
Regina Helena
Um dia triste...
1 de jun. de 2009
Foto minha
Eu te amo...
Como um raio de luz que invade as trevas,
entraste em minha vida.
E eu, sobrevivente do medo e da dor,
reconheci em ti o meu anjo,
aquele me conduziria pela mão
para uma vida mais amena.
Chegaste de mansinho, timidamente,
e aos poucos, foste conquistando espaços,
até que te tornaste o dono de todos eles.
Substituíste com tua presença
a escuridão da minha vida pela luz da tua.
E eu, rica do teu amor e pobre de mim mesma,
apenas te dou a certeza do que,
sempre te amei... E te amarei
para todo o sempre!
Regina Helena
Sem ti!
Foto de Jevan Siqueira
Sem ti!
Contemplando o tempo se escoar,
passam diante de mim horas, minutos,
dias... enfim, o ano inteiro passa!
E, como se ao fim de uma estrada,
vejo ao longe apenas o teu vulto.
Em que curva desse caminho eu te perdi?
Em que momento abri espaço
para que saísses da minha vida?
E, como se compondo uma louca melodia,
nos meus mais desvairados sonhos,
refaço tudo... Abro a porta e te vejo entrar...
E a vida volta! E com ela, minutos, horas,
dias... Enfim, o ano inteiro pára...
Enquanto eu volto a viver...
Regina Helena
Quando me deixares...
Foto de Daniel Paiva
Quando me deixares...
Quando te fores da minha vida
por favor, não me digas...
Mente... eu suportarei,
mas não poderia te ver partir.
Não olhes para trás,
pois só verias sombras, dor, tristeza infinda.
Quando me deixares,
o tempo vai parar, o sorriso sumir
e já não terei motivos pra continuar.
És da minha vida o brilho, o encanto,
o sol do meu amanhecer;
a ansiosa expectativa do anoitecer
para contigo ver o por do sol, o canto dos pássaros...
contigo a me abraçar...
Sem ti, de que me importam os dias ou as horas?
Nada tenho. Tudo que amo está em ti...
teu perfume, tua boca, teu porte altivo, tua alegria.
Tuas esperanças são as minhas...
e até as tuas dores, também o são...
Então, ao partires, ao levar contigo tudo que é teu...
terás levado também a minha vida...
Regina Helena
Senhor Jesus
Foto de Daniel Paiva
Senhor Jesus,
O dia termina e eu, Senhor,
me coloco diante de Ti, em gratidão
por me concederes a bênção
de poder escutar dentro de mim a Tua voz,
me abençoando e me dando
a oportunidade de refazer tudo
no dia se aproxima.
E no novo alvorecer, permita-me Senhor,
que eu, em oração, contemple a tua face
e renove, como Tu renovas o dia,
a minha fé, para que jamais eu venha a perder
a esperança de um mundo melhor.
Nem deixes que a voz do mundo
venha a se tornar maior que a Tua,
quando me dizes que estarás comigo, sempre,
e nem que a minha se cale,
e eu venha a esquecer um dia
de confessar-te como o meu Deus
Regina Helena
Colheita de Amor
Imagem:Daneil Paiva
Colheita de Amor
Nada poderá apagar a palavra...
Nem destruir o que foi semeado com amor...
O que se planta, é o que se colhe...
O corpo é perecível, mas a obra se eterniza!
Consolo dos pobres mortais... ou,
dos ricos humanos, de almas imortais...
Certamente, Poeta, tua família colherá, para sempre,
em cestos transbordantes e sem medida,
todo o fruto do teu amor
e da riqueza da tua obra.
Regina Helena
Ao Poeta Lindolf Bell
Muito além do sonhado
Breve
Foto de Daniel Paiva
Breve
(AC Rangel)
Tudo na vida é muito breve.
Tudo!
A vida é breve.
Como a tarde que escorrega
rapidamente em direção ao
abismo escuro da noite.
Breve como aquele teu sorriso,
lembra?
Especial e breve...
Breve como a esperança,
como a fé.
Breve como a vida,
que vem, floresce
e termina...
Mesmo quando, às vezes, ainda há
um resto de vida!
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